quinta-feira, 7 de abril de 2011

Rutherford

Homens que usaram a argumentação como “arma” para defender as suas ideias:


Ernest Rutherford nasceu em Nelson, cidade portuária da ilha sul da Nova Zelândia, o quarto filho e segundo homem de uma família de sete filhos e cinco filhas. Seu pai, James Rutherford, um mecânico escocês, emigrou para a Nova Zelândia com toda a família em 1842.
Ernest recebeu a sua educação em escolas públicas. Aos 16 anos entrou em Nelson Collegiate School. Graduou-se em 1893 em Matemática e Ciências Físicas na Universidade da Nova Zelândia. Após ter concluído os estudos, ingressou no Trinity College, Cambridge, como um estudante na investigação do Laboratório Cavendish sob a coordenação de J. J. Thomson. Uma oportunidade surgiu quando o lugar de professor de Física na Universidade de McGill, em Montreal ficou vago. Em 1898 ele partiu para o Canadá, para assumir o posto. No mesmo ano, foi nomeado professor de Física da Universidade de McGill, em Montreal, e em 1907 na Universidade de Vitória, Manchester.
Num trabalho no início da carreira, descobriu o conceito de meia-vida radioactiva, provou que a radioactividade causa a transmutação de um elemento químico em outro, e também distinguiu e nomeou as radiações alfa e beta. Foi premiado com o Nobel de Química em 1908 "por suas investigações sobre a desintegração dos elementos e a química das substâncias radioactivas”.



Rutherford realizou sua obra mais famosa após ter recebido esse prémio. Em 1911, ele defendeu que os átomos têm sua carga positiva concentrada em um pequeno núcleo e, desse modo, criou o modelo atómico de Rutherford, ou modelo planetário do átomo, através de sua descoberta e interpretação da dispersão de Rutherfor em seu experimento da folha de ouro. A ele é amplamente creditada a primeira divisão do átomo, em 1917, liderando a primeira experiência de "dividir o núcleo" de uma forma controlada por dois alunos sob sua direcção, John Cockcroft e Ernest Walton em 1932.


O modelo atómico de Rutherford, também conhecido como modelo planetário do átomo, é uma teoria sobre a estrutura do átomo proposta pelo físico neozelandês Ernest Rutherford, e está intimamente relacionado à experiência de Rutherford.
Segundo esta teoria, o átomo teria um núcleo positivo, que seria muito pequeno em relação ao todo mas teria grande massa e, ao redor deste, os electrões, que descreveriam órbitas helicoidais em altas velocidades, para não serem atraídos e caírem sobre o núcleo. A eletrosfera - local onde se situam os electrões - seria cerca de dez mil vezes maior do que o núcleo atómico, e entre eles haveria um espaço vazio.
Dentre seus companheiros de estudos, está o Dr. Edward Viriatus, psicólogo e químico.
Em 1919, realiza a primeira transmutação induzida, também conhecida como reacção nuclear: converte um núcleo de azoto em oxigénio, por bombardeamento com partículas alfa. As suas experiências conduzem à descoberta dos meios de obtenção de energia nuclear. Tais fatos levaram a que Rutherford fosse considerado como o fundador da Física Nuclear.
 Foi presidente da Royal Society de 1925 a 1930.
Ele recebeu a Order of Merit em 1925 e em 1931 foi condecorado Baron Rutherford de Nelson, Cambridge, um título que foi extinto depois da sua inesperada morte, enquanto aguardava uma cirurgia de hérnia umbilical. Após tornar-se um Lord, ele só poderia ser operado por um médico também nobre (uma exigência do protocolo britânico) e essa demora custou-lhe a vida. Morre a 19 de Outubro de 1937,em Cambridge, e suas cinzas foram enterradas na Abadia de Westminster.


Susana Queirós
Rui Justino
Turmas B C

terça-feira, 5 de abril de 2011

Leonardo da Vinci


Casa onde Leonardo nasceu 
Leonardo da Vinci nasceu em Anchiano,  perto de Vinci, a 15 de Abril de 1452. Era filho do notário Piero di Antonio da Vinci e de uma camponesa, Catarina.
No ano do seu nascimento, o seu pai casou com uma mulher muito mais nova, Albiera di Giovanni Amadori. Leonardo foi separado da mãe aos 5 anos de idade e, a partir de então, passou a viver com o pai. 
Esboço de um cavalo
Leonardo cresceu no campo o que poderá justificar o seu amor pela natureza. Teve uma grande paixão por cavalos que, mais tarde, foram objecto de magníficos estudos.
Duas perspectivas do crânio
Em 1469, Leonardo mudou-se para Florença onde iniciou a sua aprendizagem em pintura no atelier do célebre pintor florentino Andrea del Verrocchio (1436-1488).   

Em 1472 iniciou 
investigações anatómicas. Elaborou então inúmeros desenhos e esquemas do corpo humano. A figura ao lado é um exemplo desse trabalho.
 Desenho da Paisagem do Vale do Arno
O seu primeiro desenho, intitulado Desenho da paisagem do Vale do Arno, é datado de 1473.

Madona com Cravo
Até 1480, produziu uma série de quadros pequenos, como a Madona com Cravo, a Madona Benois e, possivelmente, também a Anunciação.  Em 1482, mudou-se para Milão e ofereceu os seus serviços como engenheiroescultor e pintor a Ludovico Sforza (1451-1508). 
A Virgem dos Rochedos
De 1483 até 1486, juntamente com Ambrogio e Evangelista de Predis, aceitou e executou a encomenda de uma pintura de altar: A Virgem dos Rochedos.
De 1487 até 1488, trabalhou como arquitecto no atelier da Catedral de Milão.
Esboço do corpo humano
Em 1489, Leonardo planeou um tratado de anatomia com base numa grande colecção de desenhos anatómicos que havia realizado a partir de observações e dissecações humanas e animais.
Retrato de Cecilia Gallarani
De 1489 até 1494, trabalhou na estátua equestre de Francesco Sforza em Milão. Nesse mesmo período pintou os Retrato de Cecilia Gallarani e de Lucrezia Crivelli.
A Última Ceia
De 1495 até 1498, Leonardo entregou-se à pintura de A Última Ceia encomendada por Ludovico Sforza.
    A Virgem e o Menino com Stª Ana
Em 1500, regressou a Florença e iniciou aquele que seria o seu período mais produtivo como pintor e. Na primavera desenhou um croquis para a A Virgem e o Menino com Stª Ana, cuja pintura a óleo só será concluída em 1510.
Madona do Fuso
Em 1501, trabalhou num pequeno quadro da Virgem com o Menino conhecido como Madona del Fuso.
Em 1502, viajou por Itália com Cesar Borgia como arquitecto e engenheiro. Neste altura, desenhou mapas e outros tipos de representações geográficas.
Batalha de Anghiari 
Em 1503, regressou a Florença e iniciou o retrato de Lisa del Giocondo, esposa de Francesco del Giocondo. Nesta altura começou a pintura mural da Batalha de Anghiari.
Em 1513, Leonardo da Vinci foi para Roma com o seu novo mecenas, Giuliano de Medici.
Em 1514/1515 iniciou uma série de experiências científicas. Entre outras coisas, planeou a drenagem dos pântanos de Pontini, a sul de Roma.
Em 1516, após a morte de Giuliano de Medici, foi para França trabalhar na corte de Francisco I.
Morreu em Cloux em 1519. Foi sepultado na Igreja de S. Florentino, em Ambroise, destruída durante a revolução francesa.

                                         

                                                                 Publicado por Janilson Rodrigues e Sónia 

quinta-feira, 24 de março de 2011

MARIE CURIE (1867-1934)
http://www.explicatorium.com/images/Personalidades/Marie-Curie.jpgMaria Sklodowska nasceu na actual capital da Polónia, em Varsóvia, a 7 de Novembro de 1867, altura em que a mesma fazia parte do Império Russo.  Com o auxílio financeiro de sua irmã mudou-se já na juventude para Paris.
 Licenciou-se em primeiro lugar em Ciências Matemáticas e Física, na Sorbonne. Foi a primeira mulher a leccionar neste prestigiado estabelecimento de ensino.
Foi a primeira mulher a ganhar um prémio Nobel, conseguindo destacar-se como pesquisadora numa época em que as universidades eram um domínio masculino.
 Casou-se em 1895 com Pierre Curie, professor de Física,  tendo então adoptado o nome de Marie Curie.

Marie Curie e a radioactividade

 Em 1896, Henri Becquerel incentivou-a a estudar as radiações, por ele descobertas, emitidas pelos sais de urânio.
 Juntamente com o seu marido, Marie começou, então, a estudar os materiais que produziam esta radiação, procurando novos elementos que, segundo a hipótese que os dois defendiam, deveriam existir em determinados minérios como a pechblenda (que tinha a curiosa característica de emitir mais radiação que o urânio que dela era extraído). Efectivamente, em 1898 deduziram essa explicação: haveria, com certeza, na pechblenda, algum componente que libertava mais energia que o urânio.
O casal Curie manteve a hipótese de que havia um novo elemento na substância que havia sido separada, e deram-lhe o nome de “polónio”, em homenagem à terra natal de Maria.
 Continuando a investigar a pechblenda, com a ajuda de Georges Bémont, o casal Curie descobriu que era possível encontrar mais uma substância fortemente radioactiva. Novamente, essa substância parecia difícil de ser isolada. Após uma série de reacções químicas, como no caso do polónio, foi possível obter um material fortemente radioactivo, mas suas propriedades químicas eram dessa vez iguais às do bário. Como no caso anterior, foi possível aumentar a concentração do material radioactivo, através de processos de dissolução e precipitação, obtendo um material 900 vezes mais activo do que o urânio puro, sem no entanto conseguir uma separação total do bário. Eles supuseram que havia um novo elemento desconhecido misturado ao bário, e deram-lhe o nome de “rádio”. Em 26 de Dezembro desse ano, Marie Curie anunciava a descoberta dessa nova substância à Academia de Ciências de Paris.
Com os resultados inesperados e extremamente importantes obtidos, estava aberto o caminho para os estudos que o casal Curie realizou nos anos seguintes. Durante quatro anos, de 1899 a 1902, o trabalho a que eles se dedicaram – realizado em sua maior parte por Maria – passou a ser o de tentar isolar o polónio e o rádio da pechblenda, procurando obter esses elementos em forma pura, para determinar as suas propriedades (especialmente o peso atómico).
Durante estes anos, a teimosia de Maria Curie não lhe permitiu desistir do trabalho, mesmo quando ele parecia não avançar, e sendo o esforço físico exigido pelo trabalho, enorme.  
 O trabalho do casal Curie foi sendo gradualmente reconhecido, e já em 1900 eles eram considerados como os mais importantes pesquisadores nessa área. Em 1903, enfim, Maria Curie defendeu a sua tese de doutoramento em física na Sorbonne, e foi aprovada com distinção e louvor. Em Dezembro do mesmo ano, o casal Curie recebeu o reconhecimento internacional pelo seu trabalho, ganhando o prémio Nobel de física, pela descoberta do polónio e do rádio (na verdade, meio prémio Nobel, pois a outra metade foi concedida a Becquerel Becquerel, pela descoberta da radioactividade).  Em 1903 ocorreu, portanto, o coroamento das pesquisas iniciadas em 1898. Pode-se dizer que, após esse período, a contribuição científica de Maria Curie foi pequena – muito menor do que no período já descrito.
 Em poucos anos, no entanto, a liderança das pesquisas sobre radioactividade passou a outras mãos. Não foram os Curie que encontraram a explicação correcta dos fenómenos radioactivos. A partir de 1902, o físico neo-zelandês Ernest Rutherford (1871-1937) e o químico inglês Frederick Soddy (1877-1956), trabalhando no Canadá, propuseram a teoria que aceitamos actualmente: a de que os átomos dos elementos radioactivos se desintegram lentamente, emitindo radiações e se transformando em outros elementos químicos. A partir dos trabalhos de Rutherford e Soddy, a pesquisa sobre radioactividade tomou nova direcção, e o trabalho pioneiro dos Curie passou a fazer parte do passado.
No período posterior, Maria Curie continuou o seu trabalho de pesquisadora, mas sem obter outros resultados espectaculares como os do início de sua carreira. Durante a primeira guerra mundial, dedicou-se a aplicações médicas dos raios X, e depois da guerra empenhou-se no trabalho de organizar o seu laboratório, obter verbas, treinar novos pesquisadores, coordenar novas investigações e proporcionar condições de trabalho aos jovens. Depois de muitos problemas de saúde, em grande parte associados à sua exposição à radiação, acabou por falecer em 1934.

terça-feira, 22 de março de 2011

Biografia de Charles Darwin

Charles Robert Darwin nasceu em 12 de Fevereiro de 1809 em Shrewsbury, Inglaterra.
Naturalista Britânico, inicia estudos de Medicina e de Tecnologia mas em 1831 mudou-se para Cambridge, disposto a tornar-se num sacerdote angelicano mas ficou amigo do botânico John Stevens Henslow com quem aprofundou conhecimentos em Botânica, Entomologia e Geologia.
Henslow conseguiu incluir Darwin como naturalista numa expedição ao redor do globo no navio Beagle, que deixou Davenport em 27 de Dezembro de 1831 rumo à América do Sul. Foram quatro anos e nove meses de pesquisas. Ele juntou fósseis, amostras geológicas, observou milhares de espécies vegetais e animais, erupções vulcânicas e terramotos.

Na viagem do Beagle, Darwin notou que um mesmo animal tinha características próprias de uma região para outra. O mesmo acontecia em espécies separadas pelo tempo, como demonstravam os fósseis.



Embora bem definidos na mente de Darwin, as ideias evolucionistas chocavam com a versão bíblica da criação e com a noção filosófica grega de formas ideais.
Em 1859 publica o livro “Sobre o Origem das Espécies por Meio da Selecção Natural ou a Conservação das Raças Favorecidas na Luta pela Vida”, conhecido hoje apenas como “A Origem das Espécies”, em que aprofunda a sua teoria sobre a descendência do homem e do macaco de um antepassado comum.


O impacto desta obra é imediata e sensacional. O público culto já está introduzido na concepção da evolução, mas o facto de um cientista respeitado contribuir com tal quantidade de evidências para provar esta ideia revolucionária convence um grande número de cientistas importantes, de modo que, por muito oponente que tenha, a opinião geral torna-se favorável.
Pela Selecção Natural, as condições ambientais determinam quando uma determinada característica ajuda na sobrevivência e na reprodução de um ser vivo. Aqueles com características mais eficientes para se adaptar o seu meio ambiente geram mais filhos e os outros podem morrer antes de se produzirem. O conceito de que só os fortes sobreviverem, porém, é um erro comum. Por exemplo, conforme as condições um animal muito robusto pode demandar mais alimento e ter menos hipóteses do que um outro mais ágil.
Embora os cientistas tenham concluído que Darwin estava certo, a polémica permanece até hoje nos meios filosóficos e religiosos.

Fulminado por um ataque cardíaco em 19 de Abril de 1882, foi enterrado na abadia de Westminster por solicitação expressa do Parlamento inglês.


Darwinismo

Em 1858, Darwin explicou o mecanismo da evolução das espécies considerando alguns aspectos:

a)    Os seres vivos da mesma espécie apresentam variações entre si – Variabilidade intra-específica:
·         Verificou que havia uma grande variedade de seres vivos e que existe variabilidade dentro de cada espécie;
·         A observação de indivíduos diferentes, pertencentes à mesma espécie, permitiu deduzir que apesar de terem origem comum evoluíram de modo diferente.

b)    Existe, entre os seres vivos uma Luta pela Sobrevivência pelo que alguns indivíduos em cada geração serão eliminados, devido à competição pelo alimento, espaço, habitat, fuga dos predadores;
·         Leu o livro “Ensaio Sobre a População” do economista inglês, Thomas Malthus, defensor de uma teoria pessimista sobre a evolução da população humana – Malthusianismo.

·         Segundo esta teoria, a população humana tende a crescer exponencialmente, enquanto os recursos, neste caso, os alimentos crescem aritmeticamente;
·         Esta relação leva a um excedente populacional e á escassez de alimentos, ocorrendo uma selecção natural, condicionada pela fome e doença;
·         A selecção promoveria a eliminação dos indivíduos com menos recursos;
·         A população humana cresceria segundo uma curva sigmóide (em s). Após um período de crescimento exponencial, ocorre uma fase de desaceleração do crescimento, levando á estabilização do crescimento populacional;
·         Darwin transpôs esta teoria economista para as populações naturais e deduz que os seres vivos competem entre si pelos recursos naturais. O défice em recursos cria uma luta pela sobrevivência implicando a eliminação de indivíduos e a posterior estabilização da população.

c)    Nesta luta pela sobrevivência sobrevivem os que estiverem mais bem adaptados a um determinado meio, isto é, os que possuem Características mais Aptas àquele meio, sendo os restantes eliminados progressivamente.

d)    Existe Selecção Natural, processo que ocorre na Natureza e através do qual, só os indivíduos mais bem adaptados a determinadas condições ambientais sobrevivem.

·         A selecção das características é feita pelo ambiente (abiótico ou biótico);
·         Os indivíduos escolhidos para a reprodução são aqueles que apresentam as melhores aptidões para sobreviverem em determinado meio;
·         É um processo muito lento.

e)    Os indivíduos que sobrevivem, ao reproduzirem-se, transmitem essa característica mais apta à descendência Transmissão da Característica mais apta à Descendência.

·        É de salientar que o conceito “mais apto” é um conceito relativo e temporário. É relativo pois uma característica pode ser favorável a uma população e desfavorável a outra. É temporário pois as condições do meio podem mudar e nessa altura as características mais favoráveis podem deixar de o ser.

f)       A acumulação de pequenas variações a longo prazo determina a transformação e o aparecimento de novas espécies.


g)    Dados geológicos
·      A leitura do livro “Princípios de Geologia” de Charles Lyell e a análise de fósseis marinhos nos Andes, a centenas de metros acima do mar, convertem Darwin à Teoria do Uniformitarismo.
·      Segundo esta teoria, os fenómenos geológicos actuaram ao longo da história da Terra de forma lenta e gradual, e o presente é a chave do passado.
·      Influenciado pela Teoria do Uniformitarismo e pelo Princípio das Causas Actuais, deduziu que:

è    Se a Terra sofre alterações lentas e graduais ao longo do tempo geológico, também a vida se terá modificado com o tempo;
è     Se a Terra possui uma idade superior ao que se pensava então teria havido o tempo necessário para que tenha ocorrido a evolução dos seres vivos.

h)     Dados Biogeográficos
·         Darwin verifica que nas ilhas Galápagos existe uma grande diversidade de tentilhões, semelhantes entre si e semelhantes a outros que existiam no continente americano. Verificou a mesma situação para as tartarugas.

Deduz que:

è    Todas as espécies de tentilhões e de tartarugas, divergiram de uma espécie comum e foram as condições particulares de cada ilha que condicionaram a evolução de cada espécie.
è    A diferenciação das espécies relacionava-se com as condições ambientais a que estavam sujeitas.



Na evolução divergente ou divergência evolutiva verifica-se que seres que possuem o mesmo ancestral comum, ocuparam habitats ou nichos ecológicos diferentes, adaptando-se de forma diferente, a diferentes ambiente.
Ou seja:
Se existe um ancestral comum, um plano estrutural comum e se na actualidade são diferentes (morfológica e funcionalmente) é porque através do tempo se afastaram.



Evolução Divergente – a partir de um ancestral comum, formaram-se duas novas espécies.
Evolução Convergente – é um fenómeno evolutivo observado em seres vivos quando estes desenvolvem características semelhantes de origens diferentes.
Radiação Adaptativa – a partir de um ancestral comum, formaram-se simultaneamente numerosas novas espécies.

i)        Selecção Artificial
·         É uma técnica utilizada pelo Homem para apuramento de raças, animais ou vegetais;
·         Consiste em promover cruzamentos preferenciais entre indivíduos portadores das características desejadas pelo Homem;
·         Desta maneira, assegura que a frequência das características seleccionadas aumente progressivamente de geração em geração, conduz ao aparecimento de variedades novas e possivelmente ao fim de muitas gerações, a novas espécies;
·         Baseia-se na sua experiência com pombos, o que lhe permitiu tirar algumas conclusões sobre a forma como a Natureza pode actuar sobre os organismos vivos;
·         Efectuou cruzamentos seleccionados entre os pombos de forma a obter as características pretendidas, de tal forma que ao longo das sucessivas gerações obteve descendências diferentes dos progenitores.

è    Se o Homem consegue seleccionar os indivíduos com as características que pretende (selecção artificial) então também a Natureza é capaz de actuar sobre os organismos vivos de tal forma que selecciona apenas os mais aptos que sobreviverão em determinado meio (selecção natural).





Criticas ao Darwinismo

Revelou-se uma teoria incompleta porque:

è    Não consegue explicar o porquê da variabilidade intra-específica;
è    Não consegue explicar o modo como se processa a transmissão das características mais aptas à descendência.

Estas críticas só com o evoluir dos conhecimentos científicos foram colmatadas.


Neodarwinismo


De 1930 até 1952, cientistas como Doldnansky, Mayrs e Simpsoh reuniram dados de diferentes descobertas e reformularam as teorias de Darwin.

O Neodarwinismo explica a evolução das populações baseando-se nos seguintes dados:

  1. Numa população existe variabilidade entre os indivíduos que a compõem, isto é, os indivíduos são portadores de diferentes conjuntos de alelos dos mesmos genes;
  2. A variabilidade na população resulta das mutações e da recombinação genica (meiose e fecundação);
  3. A selecção natural actua sobre os indivíduos, favorece os que são portadores dos melhores conjuntos de alelos, que viverão mais tempo e, como tal, reproduzir-se-ão mais facilmente;
  4. Os alelos codificadores das melhores características terão maior probabilidade de serem transmitidos à geração seguinte;
  5. Na geração seguinte, a frequência dos alelos responsáveis por características mais vantajosas tenderá a aumentar, enquanto que a frequência dos alelos responsáveis por características menos vantajosas tenderá a diminuir;
  6. Assim, de modo lento e gradual, as populações tenderão a evoluir, modificando o seu reservatório genético (conjunto de alelos de uma população e respectivas frequências).

Documentário sobre Charles Darwin e a Árvore da Vida (Odisseia)