Homens que usaram a argumentação como “arma” para defender as suas ideias:
Ernest Rutherford nasceu em Nelson, cidade portuária da ilha sul da Nova Zelândia, o quarto filho e segundo homem de uma família de sete filhos e cinco filhas. Seu pai, James Rutherford, um mecânico escocês, emigrou para a Nova Zelândia com toda a família em 1842.
Ernest recebeu a sua educação em escolas públicas. Aos 16 anos entrou em Nelson Collegiate School. Graduou-se em 1893 em Matemática e Ciências Físicas na Universidade da Nova Zelândia. Após ter concluído os estudos, ingressou no Trinity College, Cambridge, como um estudante na investigação do Laboratório Cavendish sob a coordenação de J. J. Thomson. Uma oportunidade surgiu quando o lugar de professor de Física na Universidade de McGill, em Montreal ficou vago. Em 1898 ele partiu para o Canadá, para assumir o posto. No mesmo ano, foi nomeado professor de Física da Universidade de McGill, em Montreal, e em 1907 na Universidade de Vitória, Manchester.
Num trabalho no início da carreira, descobriu o conceito de meia-vida radioactiva, provou que a radioactividade causa a transmutação de um elemento químico em outro, e também distinguiu e nomeou as radiações alfa e beta. Foi premiado com o Nobel de Química em 1908 "por suas investigações sobre a desintegração dos elementos e a química das substâncias radioactivas”.Rutherford realizou sua obra mais famosa após ter recebido esse prémio. Em 1911, ele defendeu que os átomos têm sua carga positiva concentrada em um pequeno núcleo e, desse modo, criou o modelo atómico de Rutherford, ou modelo planetário do átomo, através de sua descoberta e interpretação da dispersão de Rutherfor em seu experimento da folha de ouro. A ele é amplamente creditada a primeira divisão do átomo, em 1917, liderando a primeira experiência de "dividir o núcleo" de uma forma controlada por dois alunos sob sua direcção, John Cockcroft e Ernest Walton em 1932.
O modelo atómico de Rutherford, também conhecido como modelo planetário do átomo, é uma teoria sobre a estrutura do átomo proposta pelo físico neozelandês Ernest Rutherford, e está intimamente relacionado à experiência de Rutherford.
Segundo esta teoria, o átomo teria um núcleo positivo, que seria muito pequeno em relação ao todo mas teria grande massa e, ao redor deste, os electrões, que descreveriam órbitas helicoidais em altas velocidades, para não serem atraídos e caírem sobre o núcleo. A eletrosfera - local onde se situam os electrões - seria cerca de dez mil vezes maior do que o núcleo atómico, e entre eles haveria um espaço vazio.
Dentre seus companheiros de estudos, está o Dr. Edward Viriatus, psicólogo e químico.
Em 1919, realiza a primeira transmutação induzida, também conhecida como reacção nuclear: converte um núcleo de azoto em oxigénio, por bombardeamento com partículas alfa. As suas experiências conduzem à descoberta dos meios de obtenção de energia nuclear. Tais fatos levaram a que Rutherford fosse considerado como o fundador da Física Nuclear.
Foi presidente da Royal Society de 1925 a 1930.
Ele recebeu a Order of Merit em 1925 e em 1931 foi condecorado Baron Rutherford de Nelson, Cambridge, um título que foi extinto depois da sua inesperada morte, enquanto aguardava uma cirurgia de hérnia umbilical. Após tornar-se um Lord, ele só poderia ser operado por um médico também nobre (uma exigência do protocolo britânico) e essa demora custou-lhe a vida. Morre a 19 de Outubro de 1937,em Cambridge, e suas cinzas foram enterradas na Abadia de Westminster.
Susana Queirós
Rui Justino
Turmas B C